20 janeiro 2012

flâneur

 em modo de 'flâneur'
sonho com os pés
nos degraus aleatórios
de nome Lisboa

e linhas do horizonte
deitam-se verticais,
trazendo o Céu e a Terra 
num Tempo único,
em que este Lugar cristaliza
a luz morna e viva.

e é no sabor do sal
que inspiro,
nesse brilho que marulha,
nesse canto suave, de vento fraco,
que a inspiração me engole,
devolvendo sons 
às palavras implumes,
que saboreio e verto,
no cálice límpido
do meu interior.

3 comentários:

Gru Carrancudo disse...

Este poema faz lembrar o ondular do mar e como ele me leva e lava os pensamentos.

Michele Pó disse...

apanhaste a essência da coisa... :)

Gru Carrancudo disse...

Adoro a tua escrita e passo aqui todos os dias para beber este teu nectar. :)