09 abril 2014

sobre a cura



Com o sol no pino, os ideais e as esperanças erguem-se para nos lembrarmos que o caminho que percorremos a nós pertence. Podemos procurar inspiração e a sabedoria nos ‘Mestres’ que vamos encontrando na vida, contudo todas as ideias e filosofias ‘exteriores’ que vamos integrando na nossa forma de estar e de ser têm o propósito de nos fazer despertar o ‘Mestre’ interno, a Voz única do nosso coração. 

Da mesma forma, nos procedimentos terapêuticos, podemos colocar a intenção de ajudar um paciente no seu caminho de cura, contudo devemos manter presente que o indivíduo interfere de forma perentória no seu próprio processo de regeneração, dependendo o mesmo mais da sua vontade e crença, do que do tratamento empregue. O médico ou terapeuta guiam o paciente na despertar da sua auto-cura, fornecendo ferramentas que o estimulam a descobrir o funcionamento profundo do seu corpo. Neste processo agem como meios de activação da consciência da inteligência do corpo. A verdadeira responsabilidade da ‘cura’ recai no paciente, dependendo da sua receptividade, da sua vontade de reabilitar-se, da sua fé na possibilidade profunda da reconquista da condição de saúde, da sua aceitação da cura. 

A nossa unicidade transforma o nosso processo de auto-conhecimento e auto-cura também únicos.

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