09 abril 2014

cour age



Temos o privilégio de estarmos embarcados nesta nave chamada Terra. No meio do caos e da adversidade a coragem de enfrentarmos o mundo, mas sobretudo de nos enfrentarmos a nós mesmos deve prevalecer. É nos confins do nosso interior que reside o móbil e o segredo para a revelação do nosso potencial criativo. Pertencemos a uma pequena percentagem da humanidade que vive na graça de ter água, luz, gás, estradas, o que comer, e uma estrutura social aceitável. Somos responsáveis pela história que o nosso dia escreve todos os dias, e podemos – felizmente! – escolher a forma como vamos enfrentar cada desafio, incompreensão ou crise aparente. Porque o problema manifesta-se na vida como produto dos anseios internos; a crise nasce da escolha de darmos forma e peso à parte de nós que menos interessa. Contudo se é uma escolha, se depende de nós, porque continuamos a escolher esta via mais densa? 

Hoje está presente a hipótese de escolhermos. Podemos agora, nesta encruzilhada, optar pela loucura, pelo atrevimento de sermos ousados, e efectivamente optarmos por sermos felizes. Começa no primeiro sorriso que damos pela manhã – provavelmente a nós próprios – e passa pela boa disposição com que resolvemos acolher cada desafio, encontrando e enfatizando o recanto da alma de onde brota o alento e a coragem para aceitar e promover tudo o que é belo, e porém efémero na nossa vida. Da capacidade de ouvirmos um ‘não’, da firmeza na receção de uma crítica, nasce a aceitação de sermos livres para sermos quem somos, e a permissão de sermos a inspiração para aqueles que nos rodeiam.

A coragem = coração em ação, é mais doce e paciente, do que afoita e temerária. 

Mobiliza-nos a vivermos realmente a vida, de forma inocente e espontânea, fiel à demanda do nosso interior.

Propõe-se-nos tempos de evolução e mudança, em que nos cabe aceitar as dores de crescimento como afortunados sintomas do processo.

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