29 maio 2013

celebramos


Há linhas do horizonte que nos devolvem a nós mesmos. Há feixes verticais de visão e demanda que nos alinham com a intenção interna.

No meio de trabalhos, palestras, partilhas, confusões e resoluções, páginas de um livro, palavras escritas em cantos de jornal, surge enfim a promessa de um descanso, a proposta de uma celebração.

A vida, a comunidade tem os seus alicerces em rituais, em momentos de pausa, momentos delicados que imprimimos na nossa memória, fragmentos de felicidade que congelamos, para que mais tarde, esses instantes nos devolvam o sentido e a validade do percurso que escolhemos.

A celebração fez sempre parte da vida social de um povo. Cantar, dançar, uivar ao vento, eleger a Lua e as Estrelas como testemunhas, banharmo-nos em águas abençoadas. Contudo a Sociedade tem-nos absorvido nas contingências da vida quotidiana, fazendo-nos olvidar que celebrar, tanto quanto trabalhar é uma ‘obrigação’ diária. Celebrar cada pequena vitória nas nossas vidas atribuladas, permite-nos manter presente o valor de cada etapa alcançada – ainda que aparentemente pequena – na delineação do nosso sentido de vida. Os rituais de celebração são importantes porque validam a nossa passagem na Terra, e fortalecem-nos, encorajam-nos nos passos que temos ainda de dar no encalce da felicidade pessoal.

Celebremos hoje, tanto quanto ontem, e provavelmente amanhã. Queremos que tanto a Vida como a Morte nos encontrem na curva ascendente da felicidade!

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