"Na solitude estamos constantemente
encantados connosco mesmos. Ela é abençoada, um profundo
preenchimento, que nos mantém centrados e enraizados. Ela é
independente.
Todos são um fim em si mesmos. Ninguém existe
para ser usado. Quem está no pico da solitude só se atrai por
quem também esteja só. Dois solitários olham um para o outro,
mas dois que conheceram a solitude olham para algo mais
elevado. Se estão felizes consigo mesmos, tornam-se
companheiros.
As palavras felicidade e acontecimento têm a
mesma raiz em inglês. Porque a felicidade simplesmente
acontece. Para ser feliz é preciso deixar acontecer. O caminho
do amor deve ser tomado com tremenda consciência e o da
consciência, com tremendo amor. Depois de cada experiência
profunda nos sentimos sós e tristes: seja um grande amor ou
uma meditação. Por isso muitos evitam experiências profundas.
A solitude é bela e livre. É um momento em que o outro não é
necessário. Após essa liberdade o amor é possível. O amor traz
solitude e a solitude traz amor. Já a solidão não cria amor;
apenas necessidade. Ela pode matar. Dois solitários não
conseguem se relacionar porque isso não ocorre a partir da
necessidade.
A Solitude é uma flor a desabrochar, é positiva, saudável. Só o amor dá a coragem de sermos sós. Só assim acumulamos energia até transbordar e transformar-se em amor.
A Solitude é uma flor a desabrochar, é positiva, saudável. Só o amor dá a coragem de sermos sós. Só assim acumulamos energia até transbordar e transformar-se em amor.
Sós, acumulamos
amor, celebração, dança, energia, prazer, vida. Só o excesso
de energia possibilita o orgasmo, que não é um alívio, mas
uma celebração. Quando os amantes se afastam, readquirem a sua
solitude, beleza e alegria. A alegria traz a necessidade de
compartilhar.
A paixão é muito pequena diante da compaixão.
A Solitude é mover-se para dentro e o amor é mover-se para fora.
Ambos os movimentos são enriquecedores."
Osho
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